Autor(a): Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788563219312
Ano: 2011
Páginas: 438
"Sempre que fico sabendo de alguém que passou por uma tragédia, não penso no acidente ou no diagnóstico, nem mesmo no choque inicial ou no posterior sofrimento. Em vez disso, encontro-me recriando os momentos corriqueiros que antecedem a tragédia. Momentos que compõem nossa vida, momentos que passaram despercebidos e que, provavelmente, seriam esquecidos se não fossem os eventos que se seguiriam. As lembranças anteriores à tragédia."
(...) Fecho os olhos, e pergunto-me se realmente somos surpreendidos pelo azar, ou se, de alguma maneira, em algum lugar, na forma de empatia, preocupação, ou até mesmo de uma premonição, pressentimos que ele chegará?
Pego no sono sem saber a resposta. Sem saber, no entanto, se essa será a noite da qual me lembrarei para sempre." Páginas 9 e 13
Este foi o primeiro livro que li de Emily Giffin e posso
dizer com toda a certeza que ela tem um dom. Não só o de escrever livros
incríveis é claro, mas o de fazer com que o leitor se identifique com sua
personagem.
A história gira em torno de duas mulheres, Tessa Russo e
Valerie Anderson. Tessa é dedicada ao
marido, que é cirurgião plástico, e aos filhos, deixou o trabalho para se
dedicar a família e vive com o receio de se tornar uma mulher fútil por ficar
em casa o tempo todo e se preocupa com coisas insignificantes, como suas
vizinhas.
Valerie também é mãe, tem um garotinho chamado Charlie e
divide seu tempo entre o filho, seu trabalho como advogada e sua luta para
fazer com que a falta de um pai, já que o ex namorado de Valerie sumiu no mundo
e nem sabe que o garoto existe, não seja tão significativa.
A vida das duas mulheres fica interligada quando Charlie
sofre um acidente na casa de um amigo. O garoto acaba se queimando gravemente e
precisa de um cirurgião plástico. Charlie acaba sendo tratado por Nick Russo,
marido de Tessa.
Giffin construiu uma narrativa brilhante alternando capa
capitulo com uma das personagens. Quando o capítulo é narrado em primeira
pessoa você se identifica tanto com os medos e as incertezas da personagem que
é como se você mesma estivesse pensando aquilo. Já quando é narrado em terceira
pessoa, a autora te dá a possibilidade de ver a situação com outros olhos.
Este não é um livro para quem deseja grandes reviravoltas, é
um livro denso, cheio de lições sobre perdão, amor incondicional e
relacionamentos. Se você procura uma leitura profunda e apaixonante, com certeza
você encontrará neste livro.
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